segunda-feira, 30 de abril de 2007

"21 Grams"


Paul Rivers: "How many lives do we live? How many times do we die? They say we all lose 21 grams... at the exact moment of our death. Everyone. And how much fits into 21 grams? How much is lost? When do we lose 21 grams? How much goes with them? How much is gained? How much is gained? Twenty-one grams. The weight of a stack of five nickels. The weight of a hummingbird. A chocolate bar. How much did 21 grams weigh?"

sábado, 28 de abril de 2007

Corvos e Quorum Ballet

Música, música, música... sempre a falar em música! Porquê? Não tenho a menor pista! Porque sim, porque gosto, de falar, de ouvir e de ver... embora tenha elegido para meu estilo musical preferido o Rock, confesso que tenho também outros gostinhos estranhos (para alguns) que me mantêm deliciada...
Hoje estava à procura de um vídeo dos Corvos para colocar neste meu cantinho e parece que tive uma agradável surpresa... além dos Corvos serem um grande grupo português com músicos extraordinários, desta vez vêm muitíssimo bem acompanhados :)

quinta-feira, 26 de abril de 2007

"Two and a Half Men"



"Mia: I don’t believe this! Has long as I know you, youve been complain about Alan living with you.
Charlie: And you want to take that out away from me?
Mia: You know what? I thought you already grow up, but clearly I was wrong!
Charlie: What’s more grown up then I want to take care of my family? And lets not forgetyou were the one that come back to me!
Mia: I only came back to you, because I wanted your sperm!
Charlie: Yeah! WellIt’s a package deal! My sperm and my brother goes hand in hand!"

Two and a Half Men, That Pistol-Packin' Hermaphrodite, 3º serie 24º episódio

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Clã - "Problema de Expressao"

Após 33 anos da tão famosa liberdade de expressão, continua a parecer-me que anda muita gente, por aí, a fechar-se em si próprio… continuamos a mentir a quem está perto de nós, a quem gostamos, a nós próprios. Por falta de compreensão, por falta de saber comunicar com o próximo, até por falta de meios para o fazer… por medo de não sermos aceites, por orgulho ou por teimosia… seja lá qual for a razão, mesmo neste mundo que me parece tão sem barreiras, neste mundo que já tudo é tão banal (infelizmente), continuamos a esconder uma parte de nós. A que preço?

terça-feira, 24 de abril de 2007

"A Caverna"

"Não encaminhes essas proféticas intuições ao futuro do teu pai, ele sempre preferiu conhecer em cada dia o que cada dia, por bem ou por mal, decidiu trazer-lhe, Um facto é o que o dia traz, outro facto é o que nós, por nós próprios, lhe levamos a ele, A véspera, Não percebo o que quer dizer, A véspera é o que trazemos a cada dia que vamos vivendo, a vida é acarretar vésperas como quem acarreta pedras, quando já não podemos com a carga acabou-se a transportação, o último dia é o único a que não se pode chamar véspera (…)"

José Saramago, A Caverna #2

domingo, 22 de abril de 2007

Exilia - "Coincidence"

Grande SOM!!! E grande voz :)

sábado, 21 de abril de 2007

"ELOGIO AO AMOR"

Descobri este texto por intermédio de um amigo meu, este post é para ti Filipe :)
Depois de alguma pesquisa lograda para descobrir o artigo, acabei por o transcrever do blog onde o achei, espero que gostem, eu ADOREI! Jinhos*


ELOGIO AO AMOR


”Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que eu quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Teixeira de Pascoaes meteu-se num navio para ir atrás de uma rapariga inglesa com quem nunca tinha falado. Estava apaixonado, foi parar a Liverpool. Quando finalmente conseguiu falar com ela, arrependeu-se. Quem é que hoje é capaz de se apaixonar assim? Hoje em dia as pessoas apaixonam-se por uma questão prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão mesmo ali ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".

O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornam-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica da camaradagem. A paixão que devia ser desmedida é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Por onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassado ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Amor é amor.
É essa beleza.
É esse perigo.

O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode.

Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para se perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária.

A ilusão é bonita não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém.

Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder.

Não se pode resistir.

A vida é uma coisa e o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

Miguel Esteves Cardoso, Expresso

sexta-feira, 20 de abril de 2007

terça-feira, 17 de abril de 2007

"És capaz de guardar um segredo?"


Um livro simplesmente hilariante! Demasiado previsível, mas extremamente divertido! Este post é para o Pedro Guimarães! Jões :)

“Yess! Subitamente tenho uma ideia perfeitamente luminosa. Isto não pode deixar de funcionar.
Três minutos mais tarde, aproximo-me uma vez mais das portas do edifício Panther, completamente mergulhada num artigo do The Times. Não vejo nada do que se passa à minha volta. E ninguém me vê a cara. Este é o disfarce perfeito!
Empurro a porta com o ombro, atravesso o átrio e subo as escadas, sem tirar os olhos do jornal. Quando percorro o corredor que leva ao departamento de Marketing sinto-me protegida e segura, enterrada no meu Times. Devia fazer isto mais vezes. Aqui dentro ninguém me apanha. É uma sensação bastante tranquilizadora, quase como se fosse invisível, ou…
- Oh! Desculpe!
Esbarrei com alguém. Merda. Baixo o jornal e vejo o Paul, a olhar para mim, espantado e a esfregar a testa.
- Emma, mas que porra é esta? (…)”

Sophie Kinsella, És capaz de guardar um segredo?

domingo, 15 de abril de 2007

sábado, 14 de abril de 2007

"Hitch"


"Sara: Relationships are for people who are waiting for something better to come along.
Max: Spoken like a true cynic.
Sara: I'm not a cynic, I'm a realist!
Max: Or a realist masquerading as a cynic who is secretly an optimist. (...)"

terça-feira, 10 de abril de 2007

"O Grito da Gaivota"


Emmanuelle é surda profunda e é assim que começa o seu livro biográfico, um livro fantástico! Este post é para dizer: leiam o livro!

E já agora porque não me canso de elogiar os meus amigos que são tão especiais para mim, este post é inevitavelmente para a Catarina que me deu este livro excelente, outra Catarina mas também Grande :) jinhos*

“Desde a minha infância que considerei as palavras como uma coisa bizarra. E digo bizarra pelo que inicialmente continham de estranho.
O que quereria dizer aquela mímica das pessoas à minha volta, com a boca em círculo ou esticada em diferentes caretas, os lábios formando trejeitos esquisitos? Eu «sentia» a diferença quando se tratava de uma zanga, de tristeza ou de alegria, mas o muro invisível que me separava dos sons correspondentes àquela mímica era ao mesmo tempo de vidro transparente e de betão. Imaginava encontrar-me dum lado desse muro e os outros, de igual modo, do outro lado. (…)”


Emmanuelle Laborit, O Grito da Gaivota #1.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Bush - "Glycerine"

Sempre gostei, sempre gostarei... ironicamente: Bush.

sábado, 7 de abril de 2007

"Todos os caminhos vão dar a Roma"

"(...) Comentei a um amigo da paróquia os meus esforços para dar a conhecer a doutrina católica à minha mulher, que era evangélica. Descrevi-lhe o entusiasmo nos cânticos, a dinâmica pregação bíblica e a cálida camaradagem, tudo coisas que a Kimberly tinha experimentado desde a infância. Ele fez uma observação curiosa.
- Scott, pessoalmente creio que os protestantes têm todas essas coisas porque não têm o Santíssimo Sacramento. Se tens a presença real de Cristo na Sagrada Eucaristia, não precisas de nada disso. Não achas?
Mordi a língua. Não queria exaltar-me, mas precisava de corrigir o que me pareceu um equívoco inquietante.
- Acho que percebo o que queres dizer: que o culto eucarístico pode ser silencioso e reverente, sem perder nada da sua profundidade e poder. Nisso estou de acordo. De facto começo a ter um real apreço pelo canto gregoriano e pelo latim na liturgia. Mas eu apresentaria as coisas de outro modo. Diria antes que, porque nós temos a presença real de Cristo na Sagrada Eucaristia, por isso precisamente - muito mais do que os protestantes – temos motivo para cantar, para pregar, para celebrar juntos.(...)

Scott e Kimberly Hahn, Todos os caminhos vão dar a Roma #1

sexta-feira, 6 de abril de 2007

"Uma Aventura no Comboio"


Uma colecção que me ensinou a gostar de ler livros :) estará sempre no meu coração.

“- E sabe que ele tem um problema complicado, não é? – arriscou o Pedro.
Biri hesitou, depois acenou que sim.
- Tem o pior problema que uma pessoa pode ter na vida.
- E qual é?
- Desconfia de si próprio.
- Está a gozar connosco? – perguntou o Chico.
- Não. Estou a dizer-te uma verdade profunda. Tu sabes quem és e como és. Sabes o que os outros esperam de ti. Sabes o que és capaz de fazer com a maior facilidade. Sabes o que te exige esforço e o que não consegues ou que ainda nunca conseguiste. (…)”

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Uma Aventura no Comboio

quarta-feira, 4 de abril de 2007

"Prazer de Matar"

"Num parque da cidade, ele celebra cuidadosamente a cerimónia. Prepara o corpo. Deita o catalisador e unge o morto. Em seguida, acende o fósforo e diz: “Do pó vieste e ao pó hás-de voltar.” A população está aterrorizada e os jornais não falam de outra coisa – já o denominam de o Cremador. ninguém sabe quem é, de onde vem ou o que pretende com tais rituais. Mas quando ele risca o fósforo com que irá incinerar a sua quarta vítima não se dá conta de existência de uma testemunha, uma adolescente fugida de casa que vê o rosto do Cremador à luz tremeluzente da pira funerária... (...)"

Tami Hoag, Prazer de Matar