Emmanuelle é surda profunda e é assim que começa o seu livro biográfico, um livro fantástico! Este post é para dizer: leiam o livro!
E já agora porque não me canso de elogiar os meus amigos que são tão especiais para mim, este post é inevitavelmente para a Catarina que me deu este livro excelente, outra Catarina mas também Grande :) jinhos*
“Desde a minha infância que considerei as palavras como uma coisa bizarra. E digo bizarra pelo que inicialmente continham de estranho.
O que quereria dizer aquela mímica das pessoas à minha volta, com a boca em círculo ou esticada em diferentes caretas, os lábios formando trejeitos esquisitos? Eu «sentia» a diferença quando se tratava de uma zanga, de tristeza ou de alegria, mas o muro invisível que me separava dos sons correspondentes àquela mímica era ao mesmo tempo de vidro transparente e de betão. Imaginava encontrar-me dum lado desse muro e os outros, de igual modo, do outro lado. (…)”
Emmanuelle Laborit, O Grito da Gaivota #1.
“Desde a minha infância que considerei as palavras como uma coisa bizarra. E digo bizarra pelo que inicialmente continham de estranho.
O que quereria dizer aquela mímica das pessoas à minha volta, com a boca em círculo ou esticada em diferentes caretas, os lábios formando trejeitos esquisitos? Eu «sentia» a diferença quando se tratava de uma zanga, de tristeza ou de alegria, mas o muro invisível que me separava dos sons correspondentes àquela mímica era ao mesmo tempo de vidro transparente e de betão. Imaginava encontrar-me dum lado desse muro e os outros, de igual modo, do outro lado. (…)”
Emmanuelle Laborit, O Grito da Gaivota #1.
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