Ontem troquei os Santos e o chouricinho assado (sim, porque aqui a Je não gosta de sardinhas...) por uma noite magnífica a ouvir um som fenomenal :) desde já agradeço ao Diogo, a quem dedico o post, bem merece pois sem ele não estaria lá, qual criancinha de 5 anos deliciada a ouvir esses grandes senhores, esse grande grupo português, OS CORVOS!!! :D
Atrevo-me ainda a deixar aqui uma coisita, correndo o risco de me repetir, pois é do livro que ainda há pouco postei, mas que penso ser bastante apropriada :)
“(…) E imagino o barulho, sempre o imaginei. É através do meu corpo que oiço a música. Com os pés nus no chão, colados às vibrações, é assim que a vejo, a cores. O piano tem cores, a viola eléctrica, os tambores. E a bateria. Vibro com todos eles. Quanto ao violino não consigo alcançá-lo. Não sou capaz de o ouvir com os pés. O violino eleva-se, deve ser agudo como um pássaro, como o canto de um pássaro, é impossível agarrá-lo. É uma música que se eleva em altura, não no sentido da terra. Os sons no ar devem ser agudos, os sons da terra devem ser graves. E a música é um arco-íris de cores vibrantes.(…) a música é uma linguagem para lá das palavras, universal. É a arte mais bela que existe, consegue fazer vibrar fisicamente o corpo humano. (…)”
Emmanuelle Laborit, O Grito da Gaivota #3.
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