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“(…) Embora tivesse ainda o mesmo corpo, a mesma mente, os mesmos pensamentos, sentia-se como se o tivessem tirado do seu próprio corpo, como se já não tivesse de andar por aí com o fardo da sua própria consciência. Bastava um simples truque da inteligência, uma pequena e hábil troca de nomes, para se sentir incomparavelmente mais leve e mais livre. Ao mesmo tempo, sabia que tudo isso não passava de uma ilusão. Mas até nisso havia um certo conforto: não havia perdido realmente o seu ser; (…)”
Paul Auster,
A trilogia de Nova Iorque #2.
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