“Somos uma minoria, os surdos profundos de nascença. Com uma cultura específica e uma língua específica. Os médicos, os investigadores, todos os que querem transformar-nos a qualquer preço em ouvintes põem-me os cabelos em pé. Fazerem-nos ouvintes é aniquilar a nossa identidade. Querer que à nascença deixe de haver crianças «surdas» é desejar um mundo perfeito. Como se quiséssemos que fossem todos louros, com olhos azuis, etc.
Então deixava de haver negros, pessoas duras de ouvido?
Porque não se há-de aceitar a imperfeição alheia? Toda a gente tem alguma coisa de imperfeito. Em relação a vocês, que ouvem, a Emmanuelle é imperfeita. Está previsto que se nasça com ouvidos para escutar e boca para falar. Todos iguais. Ser-se o mais possível idêntico ao parceiro do lado. (…)”
Emmanuelle Laborit, O Grito da Gaivota #6.
Então deixava de haver negros, pessoas duras de ouvido?
Porque não se há-de aceitar a imperfeição alheia? Toda a gente tem alguma coisa de imperfeito. Em relação a vocês, que ouvem, a Emmanuelle é imperfeita. Está previsto que se nasça com ouvidos para escutar e boca para falar. Todos iguais. Ser-se o mais possível idêntico ao parceiro do lado. (…)”
Emmanuelle Laborit, O Grito da Gaivota #6.
2 comentários:
eu acho que as gaivotas estão a tentar dominar o mundo...
Pelo que vi da última vez que fui à praia acho que tens razão! É só verem que está mais vazia e atacam logo, nem quere saber se ainda há gente! E aqueles seus gritos durante a tarde não deixam ninguém dormir! Mas ainda bem, assim não há escaldão :) Mine mine mine! jinhos**
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