terça-feira, 15 de maio de 2007

"Férias em Crome"


“Duas Horas. Cento e vinte minutos. Muita coisa se pode fazer nesse lapso de tempo. Muita coisa. Nada. Oh, e não tinha ele tido centenas de horas? E que destino lhes havia dado? Havia-as gasto, desperdiçando os minutos preciosos, como se o seu reservatório não tivesse fim. Denis suspirava interiormente, condenava-se em absoluto e a todas as suas obras. Que direito tinha ele de se sentar ao sol, de ocupar lugares de canto de carruagens de terceira classe, de estar vivo? Nenhum, nenhum, nenhum. (…)”


Aldous Huxley, Férias em Crome #1.

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